“Se comporte! Tenha boas notas! Não tem namorado? Quando irão se casar? Ainda não tem filhos? Seja bem sucedido! Trabalhe mais! Precisa trabalhar menos! Tem que dar atenção à sua família! Cuide da casa , dos filhos, encontre seus amigos, seja boa esposa, a filha perfeita e a mãe exemplar! Está saindo demais! Precisa se distrair!…” Some tudo isso e tenha uma ansiedade exacerbada e, em casos mais grave, uma depressão no “modo hard”.
Ufa! São muitas cobranças que sofremos ao longo da vida, um verdadeiro bombardeio de perguntas e expectativas que são depositados em nós desde a infância.
Você tem que ser bonito, bem sucedido, desejável, mais tranquilo, mais proativo. São tantas imposições e contradições para se estar entre os melhores que, por vezes, não nos permitimos falhas e limitações.
Cada vez mais, parece haver uma pressão social para que se faça o impossível, atendendo a todas as demandas que nos são impostas.
Ficamos tão impregnados disso, que o corpo começa a dar sinais de esgotamento, produzindo por vezes, sintomas físicos e doenças psicossomáticas, como um meio para pedir ajuda. Estresse, ansiedade e angústia estão entre as principais queixas dos atendimentos terapêuticos.
Nota-se que, hoje vivemos no mundo do imediatismo. Precisamos a todo tempo sermos, seres produtivos, felizes e bem resolvidos.
Nas redes sociais, o que se percebe, é uma enxurrada de pessoas que parecem viver de bem com a vida a todo instante e caso alguém ouse discordar de uma ideia que postou, rapidamente se “resolve”, bloqueia-se ou se exclui .
A busca pelo diálogo e a escuta compreensiva dos dois lados, simplesmente fica esquecida!
No entanto, se o problema for de outra natureza como , o término de um namoro ou a perda de um ente querido, as “soluções” oferecidas são inúmeras, o que se ouve é, “ Não chore!”, “ Arrume outro!” ou “ Tome um remedinho e tudo ficará bem!”
Por todos esses aspectos, essa busca de alívio imediato, com rápidos substitutivos para a dor, remetem à frase: “ O que a boca não fala, o corpo padece!”.
Acumular emoções, prorrogar a resolução de problemas, atender as expectativas dos outros a todo tempo e se manter em relacionamentos conturbados, podem converter em sintomas físicos, quando não resolvidos.
De repente, você começa a se perceber tendo sensações estranhas no corpo, certa rigidez física, preocupações excessivas, dores de cabeça, pensamento acelerado, insônia, respiração incompleta e quando procura um diagnóstico médico cardiologista, nenhuma causa aparente é encontrada. Então, vem a suspeita, você pode estar sofrendo de Estresse!
É importante entender que, o estresse se dá de forma gradativa, com pequenos sinais que surgem e se acumulam, até que se tornam muitas vezes, insuportáveis.
Qual a relação entre a Ansiedade e o Estresse?
O estresse pode vir de qualquer evento ou pensamento, fazendo com que se sinta frustrado, zangado ou nervoso.
Já a ansiedade, é um sentimento de medo, desconforto e preocupação. A origem destes sintomas nem sempre são conhecidas.
Os sintomas de ansiedade e estresse produzem a mesma reação química.
Nota-se que, o estresse é um tipo de resposta para uma situação ameaçadora e a ansiedade é em grande parte, causada pela preocupação.
Acredita-se ainda que, pessoas com rigidez de pensamento, inflexíveis ou que não se permitem externar o que sentem, podem vir a sofrer mais com esses sintomas.
Isso porque, a tomada de decisões está diretamente ligada à emoção e esta, vem acompanhada de respostas autônomas, endócrinas e motoras, as quais preparam o corpo para a ação.
Portanto, negar esses sentimentos, pode desencadear em uma doença psicossomática.
O que é a Angústia?
A angústia, por sua vez, é o sentimento do nada.
Muitas vezes, percebe-se que as pessoas têm dificuldades para descrevê-la, dada a sensação de vazio que produz e ao mesmo tempo causa aflição.
Essa manifestação típica da atualidade, se alimenta de nossos pensamentos mal adaptados, nossas fragilidades e da cobrança tirana do “Deveria” (Eu deveria ter feito isso , ou aquilo!).
Preocupar-se excessivamente em agradar os outros, ou ser aquilo que esperam, contribui muito para esse mal estar.
Informação: Qual a posição da Igreja Católica sobre a Doação de Órgãos?
O que fazer com o Estresse, Ansiedade e a Angústia?
Em suma, apesar de vivermos num mundo de facilidades, relações efêmeras, onde objetos e pessoas podem ser descartados com muita rapidez, isso não se aplica aos sentimentos.
Entrar em contato com as próprias emoções, não é tarefa fácil.
Investigar o que pode estar relacionado ao estresse, ansiedade ou a angústia, requer paciência e disponibilidade para aprofundar-se em si mesmo e saborear ‘a dor e a delícia de ser quem é’.
É preciso coragem para mudar aquilo que está descobrindo a seu respeito e saber a hora de avaliar e agir sob as situações cotidianas, sem perder sua própria essência e ainda, entrar em contato com os medos.
É importante filtrar as ações irrelevantes e selecionar as que merecem permanecer, para enfim, obter uma postura de encorajamento diante da vida e seguir adiante.
Por: Ana Carolina de Paiva Lima
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Revisão: Ludmilla Furtado
Carioca, nascido e criado no Rio de Janeiro, e Católico Apostólico Romano desde de sempre. Sou devoto de São Bento e ativo em movimentos da Igreja Católica desde a adolescência, fundei o site Jovens Católicos em 2016 com objetivo de mostrar tudo o que envolve as maravilhas da fé católica.
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